14/11/2007

Mutantes...Arkkkkkkk

O barulho a princípio fazia parte do meu sonho até que despertei ainda totalmente sonolenta e pude constatar que o silêncio das 3hs da manhã era quebrado por aquele barulho discreto e quase imperceptível. Reconheci aquele som e rapidamente coloquei-me em alerta, pelo cheiro que para qualquer outro passaria despercebido, mas que sou capaz de sentir a km de distancia logo identifiquei o que perturbava meu sono...arquiiii era uma barata. Sim meus amigos, as pessoas dizem que sou louca, mas é verdade, meu pavor por este ser asqueroso é tão grande que mesmo estando no meio de uma multidão com sons e cheiros brigando entre si, sou capaz de ouvir e sentir o odor deste ser desprezível
Madrugada num quarto escuro, o Dumore num sono profundo ao meu lado e a danada ali aos pés da cama.. O que fazer? Se me levantar para acender a luz ela certamente sumirá e não a encontrarei mais. Tentar dormir e esquecer era impossível, resolvi arriscar, saí silenciosamente da cama e fui até o interruptor, voltei rapidamente com chinelo nas mãos para a cama e cadê? Onde a bandida se meteu? Fucei aqui, ali e nada, só puder ver quando ela agilmente correu pra baixo da cama, o detalhe é que minha cama tem aqueles gavetões em baixo, portanto se eu quisesse encontra-la teria que tirar as gavetas e tudo o que tem dentro. A solução foi apelar para o Dumore, o acordei delicadamente com muitos beijinhos para que meu pavor não o colocasse a beira de um infarto com já aconteceu algumas vezes.
“Vida, será que dá pra você fazer um favor? Tem uma barata enorme aqui, não consigo matá-la, e não faço idéia de onde esteja o Baygon.”
Lógico que o Dumore com a cara mais amarrada do mundo se levantou e fez o serviço pra mim. Depois deixou sob minha responsabilidade sumir com o corpo da dita cuja. Juro...Juro..Juro que tentei, papel, chinelo, saco plástico, mas não teve jeito, cada vez que tentava coletar aquele corpinho me dava uma tremedeira danada e achava que ela iria abrir as asas a qualquer momento e se vingar de mim.
Acredito que as baratas têm um poder regenerativo, como o Wolveirine ou a Claire do Heroes, cada vez que elas morrem depois de um tempo se recompõem e volta a nos assombrar, tanto que quando matamos uma e a deixamos ali, no dia seguinte não encontramos nem rastro dela. Ta, hummm... você vai tentar me convencer que quem leva são as formigas, os outros bichos pode até ser, mas as baratas não. Elas são mutantes, e não tente me convencer do contrário, ou vocês já se esqueceram do “Baratão de Sorocaba”.

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