2007 - Jahr Grau.

Posso dizer que este ano foi um ano cinza e o cinza definitivamente não me agrada, a cor cinza me “apaga”, os dias cinza me deprimem. Por tanto um ano ruim, de perdas irreparáveis, desejos inibidos e laços definitivamente desfeitos. Partículas coloridas surgiram em meio ao tom “gris”, o que claro me ajudou a caminhar.
Mas, não lamento pelo ano nebuloso, pois tendo a aprender muito e crescer muito com situações desesperadoras. Primeiro a dor, a revolta, os porquês e finalmente as respostas, as lições, o crescimento.
O mais difícil sem dúvida é lidar com a morte, que sempre esteve bem longe de mim e que este ano se mostrou tão traiçoeira. O resto dá se um jeito, decepções a gente passa por cima, mas a morte é uma situação fora do nosso controle. O difícil da morte é que ela nos desnuda, tira nossas máscaras e nos faz perceber o quão perverso e egoísta somos. A única lição que a morte oferece a quem fica, é que não devemos escrever nossa história em um bloco velho, mas sim num belo livro de luxo. Esconder sentimentos, ir contra nossos princípios, deixar tudo sempre para depois, não vale a pena, nossa caminhada e a de quem nos cerca pode não ser tão longa quanto acreditamos.
Os golpes ao longo do ano foram tantos que hoje não me atrevo a sequer pensar, o corpo a mente e o espírito estão completamente inertes. Não quero deixar recordações, não quero fazer história, e muito menos ser lembrada, abaixo as preocupações e idealizações, quero apenas uma coisa -“vida’. Sentir o vento, os pés no chão, a mente livre. Não quero mais esperar algo bom das pessoas, nem ruim, quero apenas estar preparada para não sofrer com decepções. Não quero mais alguém para me ouvir, afinal devaneios alheios não interessam a ninguém, almejo apenas o que tenho neste momento: uma página para escrever.