Trabalho em um bairro considerado “nobre” aqui na cidade. É um local agradável com um clima de vilinha, mesmo, com as casas dividindo espaço com prédios gigantescos. Localizado na zona central da cidade o bairro concentra uma infinidade de bares por m², lembra um pouco (só um pouco mesmo) a Vila Madalena em SP.
No bairro, um apartamento de cerca de 60m² não sai por menos de R$ 150 mil (lembrando que é uma cidade do interior). As casas em sua maioria estão se tornado lojas de decoração, ateliês, ou butiques onde pode se encontrar roupas de griffes sobre tudo femininas. O que não agrada (pelo menos a mim) com certeza é o preço, dependendo da loja um vestido pode sair por R$ 900,00 ou mais.
Aqui na cidade adoram dizer que freqüentam o bairro, aliás, tem muita paróquia da cidade que perde seus “fiéis” para a igreja daqui da região, afinal dizer que freqüenta o bairro dá um certo status, quer dizer é o que alguns pensam. Tem até um e-mail (muito bem bolado) circulando aí pela cidade fazendo sátira com esta situação.
O fato é que o local é agradável e bem freqüentado, o que infelizmente traz gente cheia de preconceitos e mergulhado em conceitos fúteis moldados a base de ignorância. Tudo bem que gente assim tem em qualquer lugar, até mesmo lá no meu “subúrbio” (olha o Marx baixando em mim) impera a ignorância, mas o que decepciona é ver descaso por parte do poder público. A diferença entre as melhorias neste bairro e outros da cidade é gritante.
Bom, por lá a qualquer hora do dia há nas ruas um funcionário da prefeitura fazendo a limpeza, afinal gente rica não gosta de sujeira, né bem. Os jardins que a prefeitura espalhou pelo bairro estão sempre bem cuidados, e caros amigos não me venham dizer que são os moradores que cuidam, porque circulo por estas ruas há anos e sempre quem vejo com as mãos na massa são os garis. Embora não seja o local da cidade que concentra o maior número de comércio o policiamento é constante, policiais de bicicletas e carros rondam por lá o dia todo. Tem um supermercado que pra mim é mais um “super mercadinho” que é o top da região, com preços exorbitantes, mas quem importa, o bom é falar que você faz compra lá. O preço está ok, afinal se você sabe que está em um bairro nobre tem que ter consciência que pagará mais caro. O absurdo é ver que por aqui até carga tem regalias. Explico, enquanto pela manhã ao vir trabalhar vejo filas quilométricas de caminhões enfrente aos outros supermercados, afinal por lei para não atrapalhar o fluxo do trânsito as entregas nos mercados só pode ser feitas no máximo até ás 9 da manhã. Mas por lá o dia todo há caminhões fechando ruas, e os pedestres são obrigados a se enfiarem na frente dos carros, pois, as calçadas são tomadas por cargas.
Outro dia presenciei uma cena absurda, dois rapazes vestidos de forma simples caminhavam pelo bairro olhando as vitrines, as “dondocas” donas das lojas se sentiram ameaçadas e uma “fulaninha” resolveu ligar para a polícia. Imediatamente meia dúzia de policiais cercou os dois rapazes e fizeram uma revista geral. E eu lá, vendo os dois parados sendo revistados se nem saber o que tinham feito, e as dondocas inclusive a “fulaninha” olhando tudo. Conclusão, o que os policiais encontraram foram duas pastas cheias de currículos e documentação de dois indivíduos, (digo indivíduo, porque pelo menos lá no bairro eles não são considerados cidadão) que estavam pela região procurando emprego já que por ali é visivelmente crescente o mercado de imóveis, seja para reformas ou construção.
Euzinha, estava olhando as vitrines e vi os dois antes do acontecimento, afirmo, em nenhum momento eles tiveram algum atitude suspeita, estavam realmente procurando emprego.
Olha espero sinceramente que os dois tenham se dado bem, mas em outro lugar, porque lá eles só seriam constantemente vítimas deste tipo de situação, vê-se pelo comentário da tal “fulaninha”, após constatar que não se tratava de bandidos.
“Pelas roupas destes pobres coitados dá pra ficar com medo, perdem tempo procurando emprego aqui, com essas caras aqui não servem pra nada”.
No bairro, um apartamento de cerca de 60m² não sai por menos de R$ 150 mil (lembrando que é uma cidade do interior). As casas em sua maioria estão se tornado lojas de decoração, ateliês, ou butiques onde pode se encontrar roupas de griffes sobre tudo femininas. O que não agrada (pelo menos a mim) com certeza é o preço, dependendo da loja um vestido pode sair por R$ 900,00 ou mais.
Aqui na cidade adoram dizer que freqüentam o bairro, aliás, tem muita paróquia da cidade que perde seus “fiéis” para a igreja daqui da região, afinal dizer que freqüenta o bairro dá um certo status, quer dizer é o que alguns pensam. Tem até um e-mail (muito bem bolado) circulando aí pela cidade fazendo sátira com esta situação.
O fato é que o local é agradável e bem freqüentado, o que infelizmente traz gente cheia de preconceitos e mergulhado em conceitos fúteis moldados a base de ignorância. Tudo bem que gente assim tem em qualquer lugar, até mesmo lá no meu “subúrbio” (olha o Marx baixando em mim) impera a ignorância, mas o que decepciona é ver descaso por parte do poder público. A diferença entre as melhorias neste bairro e outros da cidade é gritante.
Bom, por lá a qualquer hora do dia há nas ruas um funcionário da prefeitura fazendo a limpeza, afinal gente rica não gosta de sujeira, né bem. Os jardins que a prefeitura espalhou pelo bairro estão sempre bem cuidados, e caros amigos não me venham dizer que são os moradores que cuidam, porque circulo por estas ruas há anos e sempre quem vejo com as mãos na massa são os garis. Embora não seja o local da cidade que concentra o maior número de comércio o policiamento é constante, policiais de bicicletas e carros rondam por lá o dia todo. Tem um supermercado que pra mim é mais um “super mercadinho” que é o top da região, com preços exorbitantes, mas quem importa, o bom é falar que você faz compra lá. O preço está ok, afinal se você sabe que está em um bairro nobre tem que ter consciência que pagará mais caro. O absurdo é ver que por aqui até carga tem regalias. Explico, enquanto pela manhã ao vir trabalhar vejo filas quilométricas de caminhões enfrente aos outros supermercados, afinal por lei para não atrapalhar o fluxo do trânsito as entregas nos mercados só pode ser feitas no máximo até ás 9 da manhã. Mas por lá o dia todo há caminhões fechando ruas, e os pedestres são obrigados a se enfiarem na frente dos carros, pois, as calçadas são tomadas por cargas.
Outro dia presenciei uma cena absurda, dois rapazes vestidos de forma simples caminhavam pelo bairro olhando as vitrines, as “dondocas” donas das lojas se sentiram ameaçadas e uma “fulaninha” resolveu ligar para a polícia. Imediatamente meia dúzia de policiais cercou os dois rapazes e fizeram uma revista geral. E eu lá, vendo os dois parados sendo revistados se nem saber o que tinham feito, e as dondocas inclusive a “fulaninha” olhando tudo. Conclusão, o que os policiais encontraram foram duas pastas cheias de currículos e documentação de dois indivíduos, (digo indivíduo, porque pelo menos lá no bairro eles não são considerados cidadão) que estavam pela região procurando emprego já que por ali é visivelmente crescente o mercado de imóveis, seja para reformas ou construção.
Euzinha, estava olhando as vitrines e vi os dois antes do acontecimento, afirmo, em nenhum momento eles tiveram algum atitude suspeita, estavam realmente procurando emprego.
Olha espero sinceramente que os dois tenham se dado bem, mas em outro lugar, porque lá eles só seriam constantemente vítimas deste tipo de situação, vê-se pelo comentário da tal “fulaninha”, após constatar que não se tratava de bandidos.
“Pelas roupas destes pobres coitados dá pra ficar com medo, perdem tempo procurando emprego aqui, com essas caras aqui não servem pra nada”.
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