03/02/2013

Restituição da honra

Aquela história de quem canta seus males espanta, serve para quem posta também. Bastou postar meu desabafo sofre desemprego e tchan...tchan...tchan, cá estou eu, empregada, registrada e batendo ponto todos os dias.
Trabalho burocrático e repetitivo (uma maravilha para um ser criativo, cof cof cof), não rende um salário aditivado, mas se encaixa nas despesas básicas. É assim meu caro “telespec” ás vezes precisamos ir passo a passo, por enquanto só o fato de ter um emprego que não me obrigue a viver a base de ansiolítico já me faz crer que estou no lucro.


"As coisas tinham ficado meio emperradas na minha vida. Eu estava trabalhando para a prefeitura como zelador em uma escola de ensino fundamental e durante o verão catava lixo no parque às margens do East River perto da ponte Williamsburg. Não sentia qualquer vergonha dessas atividades, porque entendia algo que quase mais ninguém parecia compreender: que havia uma diferença infinitesimal, uma diferença tão pequena que mal chegava a existir a não ser como criação da mente humana, entre trabalhar em um arranha-céu de vidro verde na Park Avenue e catar lixo em um parque. Na verdade talvez não houvesse diferença alguma." 
A visita cruel do tempo - Jennifer Egan

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