A partir de hoje finanças
pessoais será um assunto recorrente por aqui.
Pensei em criar um novo blog para
tratar especificamente do assunto, mas resolvi que é aqui mesmo que as coisas
vão acontecer. Este é um blog pessoal sem um assunto fixo porque assim é a
vida, a cada período estou focada em determinado assunto e é mais que normal
que esses interesses sejam refletidos aqui.
Gostaria muito de ser aquele tipo
de pessoa que desde o primeiro emprego se organizou, se planejou e manteve as
finanças sempre em ordem, mas a verdade é que este assunto só entrou em pauta
há oito anos quando me casei.
Entre despesas de recém-casados
(cerimônia, móveis, enxoval, despesas mensais, aluguel e economias para a
aquisição da casa própria) me vi obrigada a tomar as rédeas e colocar as
finanças em ordem, desde então utilizo planilhas e um caderno específico para
as finanças, só que a verdade é que nunca foi uma prioridade.
A situação atual é a seguinte,
temos dois financiamentos, sei que o ideal é não financiar, mas a realidade era
– “financiar ou financiar”. Contrariando
mais uma vez os conselhos de profissionais de finanças os dois financiamentos comprometem
48% da nossa renda fixa, ainda assim resolvemos assumir o compromisso pelo fato
de um deles ter um prazo curto para acabar.
O fato de ter quase 50% da renda
fixa comprometida com duas contas significativas não deveria ser um problema
aqui em casa já que somos apenas duas pessoas (digníssimo e eu), e ainda temos
a possibilidade de contar com uma renda extra mensalmente.
Digo que não deveria, porque não
é bem assim, às vezes perdemos o controle e mesmo conseguindo quitar todas as dívidas ao final de cada mês, a
realidade é que trabalhamos o mês todo apenas para honrar as despesas, sem uma
folga para poupar.
Cansada de trabalhar apenas para
pagar contas, resolvi assumir definitivamente o controle das finanças aqui em
casa adotando medidas extremas e tendo como objetivo economizar o máximo que
der nos próximos anos.
Abaixo os três passos aparentemente
simples que adotamos, mas que estão fazendo grande diferença na nossa vida
financeira:
- Levantamento da situação e
organização de contas:
O primeiro passo foi fazer um
levantamento geral das nossas finanças: o que temos de dívida, o que temos de renda
(fixa e variável), o que poderia ser cortado ou substituído dentro das despesas
fixas mensais e principalmente o que era a maior fonte de gastos indevidos.
Essa foi à parte mais fácil, pois
essas medidas eu já havia adotado há oito anos quando me casei. Minha planilha
e meu caderno de finanças já existiam e estavam atualizados com essas
informações.
Ao avaliar as despesas constatei
que os cartões de crédito e de lojas eram os vilões do orçamento. O que gastávamos
com eles mensalmente era o equivalente ao total das despesas fixas.
Indica-se que deixe ao menos um
cartão de crédito para eventuais emergências, só que eu já havia tentado isso
anteriormente, dos quatro cartões que tínhamos
restou apenas um, ainda assim não conseguíamos nos conter. O que mais me
impressionou foi que, ao avaliar as faturas do cartão descobri que não fazíamos
contas grandes, o que nos colocava nessa situação complicada eram as pequenas
despesas, um almoço, um lanche, aquele cinto lindo e barato que eu não
resistia, aquelas molduras que ficariam ótimas na sala, despesas realmente
pequenas que variavam de R$20,00 a R$ 30, 00, mas que ao final do mês juntas somavam
um montante que desestabilizava todo o nosso orçamento.
Não tive dúvida, resolvi ser extremista e me
livrei de todos os cartões de loja. Meu objetivo era me livrar de vez do único
cartão de crédito que ainda temos, mas como tivemos algumas emergências neste
período optamos por mantê-lo, mas totalmente longe das nossas mãos, ele fica
bem guardado em casa e só sai de lá em caso de necessidade extrema.
Quase três meses depois de adotar
estas medidas, tivemos uma redução de 50% na fatura do cartão de crédito.
- Diminuir gastos fixos.
Este foi talvez o passo que mais
me deu trabalho, achava que não dava, que era impossível diminuir qualquer
gasto fixo que tinha, estava enganada.
Troquei o plano de tv e internet,
por outro mais em conta e me surpreendi,
percebi que não precisava de um plano tope, um básico atendeu minhas
necessidades e gerou uma economia considerável. Sem contar que acabei dedicando
mais tempo a outras distrações como meus livros que andavam esquecidos na
estante.
A conta de energia e de água tiveram
reduções com medidas simples como: apagar sempre as luzes ao sair dos ambientes,
utilizar a opção lavagem simples da máquina para boa parte das roupas, regulagem
da bomba de descarga do vaso sanitário, troca de “borrachinhas” das torneiras,
e reaproveitamento da água de amaciante da lavagem das roupas para a limpeza do
banheiro.
Com o corte de gastos de TV, internet, água e luz estamos economizando R$ 150,00 por mês.
Com o corte de gastos de TV, internet, água e luz estamos economizando R$ 150,00 por mês.
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